As pessoas, independentemente de sua religião, condição social ou origem, anseiam que a justiça seja aplicada na sociedade.
Falar de justiça envolve o tratamento de muitos problemas, mas neste artigo vamos nos concentrar na sensação psicológica de julgar e ser julgado na vida diária.
Poderíamos dizer que algumas pessoas não julgam as situações de forma oportuna e isolada, mas assumem o papel de juiz para pequenos eventos da existência dos outros, sem que tenham sido solicitadas.
Obviamente, isto é um erro, porque nem mesmo um juiz deve ir além do estágio atribuído a desempenhar a sua função.
“Odeio os juízos que só esmagam e não transformam” – Elias Canetti
Será interessante ver algumas características compartilhadas por esses juízes sem martelo e longas perucas brancas; mas que às vezes executam as sentenças mais nocivas e tóxicas para todos aqueles ao seu redor.
As pessoas que julgam os outros:
Muitas vezes detestam grande parte de suas vidas, por isso tentam, tanto quanto possível, envenenar os outros.
Não estão satisfeitas com o que fazem e ficam mal ao ver alguém satisfeito.
Não são fáceis de detectar, porque não são pessoas frias, e, em geral, não têm sentimentos ruins. Mas são extremamente frustradas, e frustração leva à agressão, que se manifesta de maneiras muito diferentes.
São assombradas pelas escolhas que fizeram. Mantêm uma relação de conflito psíquico com estes acontecimentos de sua vida.
Querem justificar a trajetória de sua vida desmascarando a vida dos outros. Às vezes, utilizam a famosa declaração: “Não sou tão ruim, olhe para tal pessoa”.
Sem dúvida, falam sobre pessoas, e não ideias.
Opinam sobre os outros não a partir de um prisma global que pode compreender os sucessos e fracassos cometidos por essa pessoa. Elas julgam com base em heurísticas que as ancoram no reducionismo, simplicidade e subjetividade.
Possuem valores que não são usados para acalmarem a si e seu ambiente; mas para julgarem os outros continuamente.
Elas não têm acesso a passatempos e atividades que acham interessantes.
São pouco autocríticas com o que fazem. Não gostam de serem julgadas em uma tarefa que envolve demonstração de desempenho.
Se irritam facilmente.
Pensam que se as pessoas ao seu redor estiverem presas em julgamentos de outros, não pensarão em seu próprio desempenho.
Não tendem a expressar opiniões na presença de muitas pessoas. Não acham essa prática interessante, porque pode lhes deixar em evidência.
Suas críticas refletem, na maioria dos casos, o desejo de experimentar o que a vida os negou ou o que não conseguiram alcançar.
Não se preocupam em melhorar. Acreditam que a melhor maneira de se destacarem é apagando o brilho dos outros.
Seus julgamentos pode ser desde leve e privado à público e perigoso.
Você deve ignorar essas pessoas e nunca entregar-lhes o poder que pode prejudicar a sua reputação pessoal ou profissional com um grande número de amigos, familiares ou qualquer outro círculo de convivência.
Ante à essas pessoas apenas a ignorância é uma arma, embora devamos estar alerta e preparados para não excedermos os limites de nossa privacidade para um nível mais que condenável.
“Há velas que iluminam tudo, exceto seu próprio candelabro” – Friedrich Hebbel
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Traduzido pela equipe de O Segredo
Fonte: La Mente es Maravillosa